A garantia de direitos, liberdade e oportunidades para todos são horizontes que devem nortear toda a sociedade. E nesse sentido, comunicar iniciativas que são catalisadoras de movimentos sociais e que têm potencial para mudanças significativas é indispensável.
No Dia Mundial da Justiça Social, aproveitamos para reforçar a necessidade e a importância da comunicação para as instituições do Terceiro Setor, mas muito mais do que isso: vamos falar sobre a elaboração de estratégias comunicacionais para fomentar o trabalho realizado nessas organizações.
É mais comum do que imaginamos que instituições de Terceiro Setor não tenham um trabalho profissional de comunicação, seja por falta de recursos ou mesmo por não entenderem e conhecerem os benefícios que ela traz.
A comunicação, não só em instituições, mas em qualquer empresa, deve ser uma ferramenta estratégica de gestão. Através dela você dá voz, gera valor, minimiza crises, abre caminhos para novos recursos, se relaciona com a sociedade e com o ‘ecossistema’ onde ela está inserida.
Instituições de todos os tipos trabalham arduamente na erradicação da pobreza, na preservação do meio ambiente, na luta pela igualdade, na diminuição das barreiras relacionadas ao preconceito de raça, etnia e classes sociais, mudando realidades. Por outro lado, muitas vezes, a sociedade não toma conhecimento desse trabalho.
Na comunicação, as instituições devem romper o muro e conversar não só com o público interno, mas abrir o diálogo com a sociedade. O debate, a troca, e a capacidade de ouvir trazem insights importantes para a gestão de uma instituição e abrem caminhos para avanços e parcerias.
Com boas estratégias de comunicação, as organizações mobilizam, envolvem e constroem reputação, algo indispensável para qualquer instituição de Terceiro Setor.
Algumas pesquisas mostram que, a cada dia, as pessoas estão mais cientes de sua responsabilidade social e da coletividade. Cada vez mais elas entendem que os problemas sociais não são de responsabilidade somente do poder público, mas também das empresas privadas.
Essa nova percepção abre uma janela importante para que as instituições ampliem seu discurso, deem mais voz ao trabalho que desenvolvem, estreitem as relações com empresas doadoras e/ou apoiadoras e mostrem como estão atuando para mudanças na sociedade.
No entanto, esse processo requer uma mudança completa na postura das instituições e exige o investimento massivo em comunicação estratégica com foco, planejamento e objetivos bem definidos.
Sobre a autora
Ilma Geovanini é gestora de Marketing, especialista em Gestão de Mídia Digital e BI pela ESPM de São Paulo e tem MBA em Marketing Político e Comunicação Governamental pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
*Este texto é de responsabilidade do autor e não expressa, necessariamente, a opinião do Um Social.