Empresas, Estado e Terceiro Setor se reúnem no último dia do Sustentabilidade Capixaba para debater mudanças climáticas

O pesquisador da Fiocruz Diego Ricardo Xavier conduziu a discussão sobre o impacto dessas mudanças na saúde da população.

O último dia do Sustentabilidade Capixaba, evento que reuniu representantes do poder público, empresários e Terceiro Setor, foi marcado pelo debate sobre as mudanças climáticas e o impacto delas na saúde da população. O pesquisador da Fiocruz Diego Ricardo Xavier, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica, foi o palestrante que conduziu a discussão, que aconteceu nesta quarta-feira (28).

Segundo ele, em relação aos impactos ambientais, nos últimos tempos foi observada uma mudança no padrão de ocorrência de alguns agravos. A dengue, por exemplo, está chegando no sul; há um aumento na frequência de deslizamentos; diminuição do intervalo de grades cheias, disseminação de queimadas no sudeste, entre outras evidências.

E para encontrar soluções para esse problema urgente, é preciso o envolvimento de toda a sociedade, inclusive de gestores, que precisam se comprometer com a causa, de acordo com Rodrigo.

“As mudanças climáticas vêm dando sinais há muito tempo, mas esse é um problema crônico, não é tão agudo como foi na covid, e, por isso, a gente sempre vai deixando para depois […] Esse espaço é importante para debatermos inclusive com as corporações que provocam degradação ambiental e pensarmos soluções. Esse problema precisa ser resolvido para ontem”, explicou o pesquisador.

Já para um dos realizadores do Sustentabilidade Capixaba, o presidente do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau Renato Fonseca Júnior, o objetivo do espaço foi justamente agrupar diversos setores da sociedade para debater esse tema.

“Essa união é importante até a nível de investimento porque quando você une forças, você diminui a necessidade de recursos e até de energia. Se o interesse é comum, temos que partir para o coletivo”, destacou.

Quem também enfatiza a necessidade do debate amplo é a gerente de Educação Ambiental do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ana Tristão. Para ela, é preciso democratizar as informações, e é neste sentido que o evento é tão importante para os capixabas.

“A gente não tem como fazer as coisas de forma individualizada, precisamos desses espaços para nos fortalecermos. É emergente e urgente a participação da sociedade civil, poder público e empresas para a formação das pessoas e para a sustentabilidade ambiental”, conclui.

Moda solidária
Um dos espaços que compuseram o evento “Sustentabilidade Capixaba” foi a Feira de Moda Social, que beneficiou aproximadamente sete instituições e projetos sociais com a exposição e venda de roupas provenientes de bazares beneficentes.

Feira de Moda Social | Foto: Redação UmSocial.

O Projeto de Assistência Intensiva PAI foi uma das iniciativas que participaram do estande. A organização capacita pessoas para o mercado de trabalho que não possuem fonte de renda, além de promoverem um projeto de alimentação saudável.

“Para nós, é muito importante para as pessoas conhecerem os nossos projetos, esse recurso também é uma fonte de renda para nós. Além disso, há um impacto positivo no meio ambiente já que grande parte dessas roupas seriam jogadas no lixo”, destaca o presidente do PAI José Gusmão.

Quem também elogiou a iniciativa foi a Sayonara Cysne, da Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Acacci). A instituição, que dá apoio às crianças com câncer e suas famílias, também participou do espaço.

“Esse estando nos dá condições de captar mais apoio, mostrar o nosso bazar, e dar destinação à roupas que seriam descartadas”, salientou.

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