Existem mais de 23.000 organizações do Terceiro Setor no Espírito Santo, segundo levantamento

A pandemia de Covid-19 pode ter alertado para a necessidade de formalização dessas instituições, segundo o presidente da Fundaes.

Fazendo parte de uma tendência nacional, as instituições do Terceiro Setor têm crescido no Espírito Santo. Se no Brasil elas somam 1.161.257, segundo uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente, elas são 23.784 no estado, ativas ou não. Por outro lado, o tempo médio de atuação das organizações é de 16,8 anos.

Para o presidente executivo da Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo (Fundaes), Robson Melo, não existem outras fontes de pesquisa sobre o Terceiro Setor, e por isso, só é possível ter acesso a dados mais gerais desse segmento.

No entanto, com os dados do Ipea, percebe-se que o crescimento dessas organizações acompanha o período da redemocratização do Brasil.

“Não consigo observar nenhum movimento específico, mas sabemos que, por causa da pandemia, movimentos surgiram, e, por outro lado, alguns deles podem querer se formalizar como instituição”, explica Robson.

Apesar da boa notícia, segundo ele, também é preciso ser cauteloso na avaliação. Isso porque é importante entender que o crescimento do Terceiro Setor não pode significar a desobrigação do Estado.

E as perspectivas para o futuro são otimistas, segundo ele. “É mais uma torcida para que o papel do Terceiro Setor no desenvolvimento comunitário seja reconhecido. A emergência da Covid-19 trouxe a necessidade de organização”.

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