Famílias de municípios da Grande Vitória acolhem provisoriamente crianças que precisam de cuidado e proteção

O “Família Acolhedora” tem o objetivo de proporcionar uma rotina às crianças que estão afastadas do seu lar de origem por medidas protetivas

Adotar é um ato de amor, mas acolher uma criança provisoriamente exige muito afeto, sensibilidade e altruísmo de uma família. É assim que o programa Família Acolhedora funciona – Tipificado pelo Governo Federal como serviço socioassistencial em 2009, na Grande Vitória, o serviço é executado, atualmente, pelas Prefeituras de Vila Velha, Cariacica e Vitória.

Por meio da Guarda Provisória, o objetivo é fortalecer vínculos e proporcionar uma rotina aos menores que estão afastados de suas famílias de origem devido a alguma medida protetiva.

As crianças e adolescentes são selecionadas pelas equipes responsáveis e encaminhadas às famílias cadastradas no programa de cada município.

O tempo que cada uma delas fica no lar provisório varia: em Vila Velha e Vitória pode durar até 18 meses; em Cariacica, onde o serviço já existe há 10 anos, o tempo do acolhimento é de um ano, podendo ser renovado por mais 12 meses.

Neste meio tempo, é avaliado se existe a possibilidade do menor voltar para o seu núcleo familiar de origem. Após isso, a criança é reintegrada à sua família biológica ou fica a cargo da justiça definir o seu destino.

Segundo a subsecretária técnica da Secretaria de Assistência Social de Vila Velha, Márcia Barcellos, os resultados são muito positivos. Em alguns casos, o menor volta para a casa antes do final do prazo da Guarda Provisória.

“Estar numa família é muito melhor para essas crianças e adolescentes. Em um abrigo é muito difícil reproduzir o dia a dia de uma família”, explica a secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Silva Schulz.

Em todos os municípios, antes de entrar para o programa, os pais provisórios passam por capacitações e recebem informações sobre o serviço. No decorrer do acolhimento, tanto a criança quanto a família têm acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais.

Quanto aos requisitos necessários para quem deseja fazer parte deste programa, o acolhimento não pode ser encarado como um meio de conseguir uma criança. Por isso, a família que se candidata não pode fazer parte de nenhuma fila para adoção.

Na Serra, de acordo com a Secretaria de Assistência Social, o programa Família Acolhedora deve ser implementado até 2025. Já em Viana, a previsão é de que o município adote o serviço ainda neste ano.

Acolhedores de primeira viagem

“Você descobre que é capaz de fazer por uma pessoa coisas que nunca achou que conseguiria fazer”, explica a jornalista Tainá Campos, de 34 anos. Ela e o marido, o engenheiro eletricista João Marcos Correia Campos, 34 anos, são uma família acolhedora há menos de um ano.

O casal, que reside em Vila Velha, conta que nunca pensou em ter filhos e que conheceu o programa pelas redes sociais da Prefeitura. Atualmente, eles estão cuidando da sua primeira criança, uma bebê de cinco meses. “Achamos interessante esse aspecto de oferecer uma estrutura para uma criança, poder ver o desenvolvimento dela”, explica Tainá.

Apesar de parecer um grande desafio, para eles, a experiência está sendo muito recompensadora. Depois de uns ajustes no cotidiano e horários do casal, eles não destacam nenhuma outra dificuldade com a pequena. Muito pelo contrário: as festas de fim de ano de 2021 foram ainda mais animadas com a chegada dela.

“É uma alegria constante perceber o desenvolvimento dela. Acompanhamos cada detalhe”, conta a jornalista Tainá Campos.

E para aqueles que estão pensando em entrar para o programa, o casal reforça que é preciso trabalhar o desapego das crianças: “esse é um trabalho constante de aprender que tudo é sobre eles, e não sobre a gente. Eles precisam de carinho e cuidado”, conclui.

 

  • Serviço – Família Acolhedora em Vila Velha:
    Telefone: (27) 3149-7508;
    WhatsApp: (27) 999391753;
    E-mail: familiaacolhedora@vilavelha.es.gov.br;
    Atendimento: de 8h às 17h.

Alguns pré-requisitos para se inscrever no programa em Vila Velha:
– Ser morador (a) de Vila Velha;
– Ter mais de 25 anos;
– Não estar no cadastro de adoção;
– Quando a família é composta por um grupo maior, todos devem estar favoráveis ao acolhimento;
– Não existe nenhuma restrição quanto a identidade de gênero ou estado civil.

 

  • Serviço – Família Acolhedora em Cariacica:
    Telefone: (27) 3354-5562;
    E-mail do programa: acolhendoeapadrinhando@cariacica.es.gov.br.

Alguns pré-requisitos para se inscrever no programa em Cariacica:
– Ser morador (a) de Cariacica por no mínimo dois anos;
– Ter entre 25 a 60 anos de idade;
– Quando a família é composta por um grupo maior, todos devem estar favoráveis ao acolhimento;
– Não estar no cadastro de adoção;
– Não possuir pendência judicial;
– Parecer favorável da equipe técnica do Programa Família Acolhedora.

 

  • Serviço – Família Acolhedora em Vitória:
    Telefones: (27) 997429658 | (27) 2142-8121;
    E-mail do programa: facolhedora@vitoria.es.gov.br;
    Site: familiaacolhedoravitoria.org.

Alguns pré-requisitos para se inscrever no programa em Vitória:
– Ser morador (a) de Vitória;
– Não estar no cadastro de adoção;
– Ter mais de 25 anos;
– Quando a família é composta por um grupo maior, todos devem estar favoráveis ao acolhimento.

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