Inclusão: entenda por que não usar a terminologia “portador de deficiência”

O termo tornou-se bastante popular no Brasil entre os anos de 1986 e 1996, mas não é o mais adequado para tornar uma sociedade mais inclusiva

Até a década de 1980 termos como aleijado, defeituoso, incapacitado, inválido, retardado, dentre outros, faziam parte do vocabulário da sociedade para referenciar pessoas com deficiências.

A partir de 1981, por influência do Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), convencionou-se ser mais adequado a utilização da expressão “pessoa deficiente”.

No Brasil, tornou-se bastante popular, principalmente entre os anos de 1986 e 1996, o uso do termo “portador de deficiência”. Porém, mais à frente, outra terminologia, “pessoas com necessidades especiais”, também passou a ser questionada, já que qualquer indivíduo, com ou sem deficiência, possui necessidades especiais.

Finalmente, por volta da metade da década de 1990, entrou em uso a expressão “pessoas com deficiência”, que é utilizada até hoje e atualmente evitamos o uso do termo “portador de deficiência”.

Isso porque as pessoas não portam uma deficiência, afinal, não é algo que se possa carregar eventualmente, como um objeto qualquer. A deficiência é uma condição da própria pessoa. Ou seja, você porta seus documentos, mas a deficiência não, ela está!

Portanto, para uma sociedade mais inclusiva, é importante dar atenção ao uso da linguagem. Por meio dela são reproduzidos, ainda que de forma involuntária, preconceito, segregação e exclusão.

Com informações da Amaes

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