Profissionais especializados atendem mais de 300 pessoas do espectro autista na Apae da Serra

A instituição conta com sete profissionais participando do curso de pós-graduação lato-sensu em Análise de Comportamento Aplicada (ABA).

Hoje é o Dia da Conscientização do Autismo – um transtorno do neurodesenvolvimento que atinge 1 em cada 36 crianças no mundo. Na Apae da Serra, são atendidos 305 alunos com essa condição, que fazem acompanhamento com psicólogos, neuropediatra, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e outros profissionais.

E para se especializarem ainda mais no atendimento à pessoa com Transtornos do Espectro Autista (TEA), a instituição conta com sete profissionais participando do curso de pós-graduação lato-sensu em Análise de Comportamento Aplicada (ABA) – ciência que estuda os comportamentos humanos que são socialmente relevantes.

De acordo com Juliana Serrano, pedagoga da Apae da Serra que já participou da formação especializada, um dos principais indícios dos Transtornos do Espectro Autista (TEA) são os prejuízos na comunicação verbal e não verbal, e muitas vezes na interação social.

Por isso, a dificuldade com a interação social é um ponto muito importante que precisa ser observado, assim como respostas atípicas a alguma situação, sensibilidade a sons e textura de alimentos, dificuldade com a fala e o fato de não estar acompanhando a tabela de desenvolvimento.

Juliana Serrano, pedagoga da Apae da Serra | Foto: Divulgação Apae da Serra.

“Não existe isso da criança ter o seu tempo. Existem estudos que dizem que a criança com um ano tem de falar determinada quantidade de palavras. Não pode fugir muito disso. Então, se não fala, é um sinal de alerta. Os pais devem buscar ajuda de um pediatra, de um fonoaudiólogo ou de um neuropediatra”, alerta Juliana.

No entanto, a pedagoga destaca que o diagnóstico não é reversível. O que pode acontecer é a mudança de nível graças ao tratamento realizado. “Às vezes acontece de receber um aluno nível três, e com o suporte e com as terapias, ele passa a ser nível dois”, explica.

A filha de Débora Vieira dos Santos, Raquel, é usuária da instituição e já apresenta bons resultados com o tratamento.

“Ela chega no ambiente que tem mais gente, ela já tenta se socializar. Então é aos pouquinhos, mas esse pouquinho para a gente é muita coisa”, comemora Débora.

Ela, que é mãe de outras duas crianças que também são autistas, desconfiou do diagnóstico ao perceber que a filha não se comunicava facilmente. “A fala dela era diferente. Ela se comunicava apontando, mostrando as coisas. As coisas dela tem que ser tudo da mesma forma, ela é muito rotineira”, conta.

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