Dani Laudino é assistente social, especialista em gestão social com mais de uma década de experiência no Terceiro Setor e escreve semanalmente para a coluna Causando Por Aí do Um Social.

Fale com a coluna: causandoporai@umsocial.com.br

Contação de Histórias

Uma vez, quando eu ainda era uma estudante no Ensino Médio, a professora de português passou para dever de casa fazer uma pesquisa sobre a diferença entre História e estória. Por que em alguns documentos aparecia escrito Estória com “E” e em outros com “H”? Essa pesquisa me levou a saber que a forma escrita com “e” estória é quando a intenção era se referir às narrativas populares ou tradicionais não verdadeiras, ou seja, ficcionais. Já a palavra escrita com “h” história era utilizada em outro contexto, quando a intenção era se referir à História como ciência, ou seja, a história baseada em fatos, baseada em acontecimentos reais.

Nessa pesquisa também outros assuntos me despertaram a atenção como a história oficial que tem nos livros e é dita como real, mas os saberes da história oral que é passada de geração a geração e que em muitas das vezes não se encontram nos livros e que em determinados espaços não são consideradas por não serem oficiais.

Para alguns povos e sua cultura a arte de contar histórias é muito importante e muitas das vezes é a única maneira de se ensinar a sua cultura e fazer manutenção dela. É escutando os seus mais velhos, os seus anciãos guardadores de toda a sabedoria, quem vem antes detém a sabedoria.

Porque para algumas culturas a história oral/ tradição oral tem poder de verdade, é uma informação oficial e para outras somente vale o que está no papel.

Por que hoje trago isso?

Também me atentei de que em algumas conversas sobre etnia, a raça de uma pessoa eu já as ouviu dizendo: eu não sei muito sobre os pais dos meus pais, mas já ouvi que “Minha avó foi pega a laço, assim eu entendo que a avó dele é indígena”.

Também entendo que para eles essa informação é tida como se fosse o início de sua família como se tudo começasse a partir daí. É como se assim se deu início da sua história de sua (árvore genealógica).

Contador de Histórias

O que me fez recordar dessa história do tempo de escola foi que no último dia 20 de março celebrou mundialmente o “Dia do Contador de Histórias”.

O contador de histórias é o profissional que tem a missão de conservar brincadeiras, brinquedos populares, promover a cultura Africana e Indígena, incentivando à prática da leitura.

Atividade muito importante se considerarmos que muita história e acontecimentos não constam em livros e na forma escrita, e até por isso não são tidas como oficiais por muitos.

Políticas de ações afirmativas

Trazemos aqui um marco histórico que são ações afirmativas enquanto políticas públicas que desde 2012 são constitucionais e de suma importância na correção das desigualdades. O Estado brasileiro tem avançado nessa pauta, ainda que haja muito por fazer.

Ações afirmativas são políticas públicas focais voltadas para grupos que sofrem discriminação étnica, racial, de gênero, religiosa. E têm como objetivo promover a inclusão socioeconômica de populações historicamente privadas do acesso a oportunidades.

Alguns profissionais que atuam na educação, na assistência social, nas Organizações da Sociedade Civil percebendo a necessidade de contribuir para a ampliação dos conhecimentos referente a História da África e Afro-Brasileira se especializaram e contribuem com a temática sendo abordadas por meio de oficinas de contação de histórias e teatro.

Provocações

Ao assistir um filme, uma série, e/ou ler um livro você já se perguntou quem foi que fez e deu aquela narrativa àquela história? Quem elabora o roteiro? Quem definiu os papéis e as falas dos personagens?

Você se sente contemplado na contação das histórias que você assiste, ouve e lê? Você se sente representado?

Já sentiu que a história contada tem pontos em comum com a sua ou de sua família? Me conta nos comentários.

Aproveito a oportunidade para indicar o perfil da contadora de história Maria da Penha
(@MariadaPenhajf); Opções de trabalhos na área também de Educação Ambiental em que temos como referência o Tio Diu da Cia de bonecos (www.tiodiu.com.br e @TioDiu).

Além disso, temos o programa do Itaú Social de incentivo à leitura do adulto para e com a criança. Esse programa oferece ainda opção de solicitar livros e tem até os livros na versão em braile. Clique aqui e saiba mais.

 

Fique por dentro!


 

Negócios de Impacto Social

O Shopping Praia da Costa, em parceria com o Sebrae, realizará uma série de workshops baseados no livro “Ferramentas de gestão para negócios de impacto social”. O primeiro encontro acontecerá no dia 02 de abril, no Coworking do Shopping Praia da Costa, apresentando a ferramenta “Matriz de Declaração de Problema”, com o instrutor Francisco Pellegini.

Para garantir sua vaga, faça sua inscrição online e leve no dia do evento 1 quilo de alimento não perecível. As doações serão destinadas à APAE Vila Velha. Clique aqui para se inscrever.


 

Lançamento do FIC

A Fundaes – Federação do Terceiro Setor Capixaba tem realiza nesta quinta-feira (31), o evento de lançamento do FIC – Fundo de Investimento Comunitário Capixaba. O evento marcará uma iniciativa inédita para apoiar projetos sociais em nosso Estado. O evento acontece de forma presencial no auditório da Fucape Business School em Vitória
Online pelas redes sociais da Fundaes. Inscreva-se clicando aqui.

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