Estamos no mês dedicado às mulheres e dentro dos assuntos que entendemos ser pertinente está o processo histórico de mobilização para a construção de políticas na perspectiva da equidade de gênero para mulheres e por mulheres.
Você já ouviu alguém dizer “precisamos dar voz a esse grupo e/ou pessoa”? Geralmente, usam essa frase quando em algum momento de uma discussão sobre um tema específico percebem a ausência de uma representatividade do público em questão.
Muitos dos grupos que não tem vez e voz também não contam com uma representatividade nos espaços de poder, nos espaços de decisão.
Mas como alguém não teria voz? Quando não identifica um reflexo do extrato da população brasileira com toda a sua rica diversidade de povos, raças nas diretorias das empresas, diretoria das Organizações da sociedade civil.
Pessoas em suas diversidades têm voz, sabem quais são suas demandas e tem proposições para soluções, mas a questão pode ser se as escutam e quem as escutam? Quem os ouvirão e atenderão se são invisibilizados?
Exemplificando
Uma vez um amigo me perguntou se eu tinha visto uma foto de um evento sobre aleitamento materno, mas na composição da mesa do congresso só havia homens médicos tidos como autoridades no assunto.
Ele ainda problematizou dizendo que se os homens médicos estudam muito sobre o assunto, a ponto de se tornarem referência, porque não trazem as experiências e vivências das mulheres sobre o assunto para a mesa de discussão? Todas as proposições seriam mais ricas.
Espaço de fala
É importante entender sobre o conceito lugar de fala pois ele é recente na abordagem de debates sociais brasileiros. E a partir desse conceito entende-se que o lugar que ocupamos socialmente nos faz ter experiências e perspectivas distintas.
Podemos dizer que no livro “O que é lugar de fala?” da Djamila Ribeiro, filósofa, feminista negra e escritora, somos apresentados a um cenário histórico de vozes silenciadas de acordo com a história.
O conceito do lugar de fala tem como objetivo trazer da invisibilidade sujeitos cujos pensamentos foram desconsiderados durante muito tempo. Por isso, ao tratarmos de assuntos específicos a um grupo que possamos garantir o lugar de fala, como machismo que ouçamos as mulheres. Assim, a escuta será de alguém que vivencia ou vivenciou aquela realidade em questão e poderá contribuir com as proposições de resposta no enfrentamento da questão postas.
Espaço de escuta
A desigualdade social é um processo existente dentro das relações da sociedade. E criar espaços de escuta de parcelas da sociedade é buscar a aplicação do princípio de igualdade que pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de forma desigual. Pensando nisso, conceitos como lugar de fala devem ser cada vez mais discutidos e colocados em prática na nossa sociedade.
Espaço de decisão
Aqui no Espírito Santo temos tido algumas iniciativas que visam oportunizar espaços para conversas, escutas e possibilitar momentos de diálogos com as mulheres para que suas necessidades e diversidades sejam atendidas.
Por exemplo, tem o programa Agenda Mulher que é um programa para que mulheres sejam empoderadas e possam sair da visibilidade e abordando temas transversais e reflete o compromisso do Governo em investir na inovação e em ações que proporcionem igualdade de oportunidade entre homens e mulheres.
Marco nas políticas públicas busca por equidade de gênero
Em 2014 o Espírito Santo teve um importante marco que foi a elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres do Espírito Santo (PEPMES) com o objetivo principal de reduzir as desigualdades sociais. Assim, o Plano e o Pacto Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher se tornaram os dois principais documentos norteadores para a promoção de políticas públicas em busca por equidade de gênero no Estado.
E você, já ouviu falar do conceito lugar de fala? Conta para a gente aqui nos comentários!
E na sua instituição, sua equipe consegue viabilizar os espaços de participação com vez e fala das diversidades? Como sua equipe está em relação a estes critérios? Diversidade é um valor para sua instituição? Fica a reflexão.
Fique por dentro!
Retorno do 3º Setor (Re)conectado
O Retorno do movimento Terceiro Setor (Re)Conectado e de outras iniciativas que visam contribuir com o desenvolvimento social já tem data marcada.
O evento tem como objetivo (re)conhecer e contribuir mutuamente para o aprimoramento de atividades e impacto positivo no Espírito Santo. O encontro está programado para o dia 06 de abril, às 8h30, no Instituto João XXIII. Os interessados podem se inscrever neste link.
III Fórum Brasil GRC 2022
O III Fórum Brasil GRC 2022 – Governança, Riscos e Compliance será um espaço de debates, de geração de ideias e de construção de iniciativas que possam contribuir para a criação e consolidação de iniciativas inovadoras, além do compartilhamento de experiências, com vistas ao aprimoramento de compliance, gestão de riscos e modelos de governança. Quem tiver interesse pode se inscrever pelo site forumbrasilgrc.com.br.
2º Corrida Beneficente para o Cariacica Down
No mês de março, as atenções se voltam para a Síndrome de Down. A data oficial é no dia 21, quando mundialmente se discute a importância de conscientizar a população sobre a luta pelos direitos igualitários das pessoas que têm a síndrome. A corrida acontecerá na Orla de Porto de Santana, no próximo dia 20 de março, com início às 7h30.
Leão Solidário
Já está aberto o período de entrega da Declaração de Ajuste Anual (DAA) do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. O contribuinte tem a possibilidade de destinar parte do imposto devido a um projeto social por meio dos Fundos Municipais da Criança e do Idoso e das Leis de Incentivo ao Esporte, à Cultura e à Saúde.
A Pessoa Física não pagará um valor maior de imposto nem terá o valor de sua restituição diminuído. Apenas permitirá que parte do imposto devido seja destinado diretamente para um Fundo Social. As doações efetuadas por meio da destinação do Imposto de Renda são uma das principais formas de captação de recursos dos Fundos Sociais. Converse com o seu contador e ajude essa causa.
Comunicação Empreendedora
No próximo dia 23 de março, a vice-governadoria do Espírito Santo, em parceria com a Esesp, dará início ao curso on-line sobre Comunicação Empreendedora. Na programação, técnicas sobre como usar sua história de vida a favor de seu negócio, técnicas de fala e escrita sobre você e o seu negócio. Além de avaliar cases de resultados. As interessadas podem se inscrever clicando aqui.