Hoje vou “dar uma de menina do tempo” como a Maju para te perguntar: Em que estação do ano parece que estamos? A pergunta é pôr, às vezes, termos a sensação de acordarmos no inverno por causa do friozinho que até dificulta para sairmos de debaixo das cobertas e então, já na hora do almoço, depois de termos tirado quase a metade dos casacos que estávamos vestidos, temos a sensação de que já é verão por fazer um enorme e quente sol de tamanha diferença de temperatura que temos em um único dia. Ao que se deve isso? As estações durante o ano são bem definidas como aprendemos na escola: primavera, verão, outono e inverno?
Você sabia que a temperatura média do planeta aumentou quase um grau Celsius desde o século 19 e que, como consequência, dois bilhões de pessoas foram afetadas por secas e outros dois bilhões estão vulneráveis a desastres causados por enchentes?
Segundo a Organização das Nações Unidas, 90% dos desastres naturais estão relacionados aos recursos hídricos, seja com sua escassez ou com seu excesso. Estima-se que, desde 1900, mais de 11 milhões de pessoas tenham morrido por falta de água e alimentos causados pelas secas. Além disso, estima-se que, até 2050, pelo menos dois bilhões de pessoas estarão vulneráveis a desastres associados a inundações. Ambos os fenômenos serão intensificados pelas mudanças climáticas.
Para subsidiar nossa conversa de hoje vou compartilhar dados de pesquisas disponibilizadas pelo curso SEGURIDAD HÍDRICA ofertado pela UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE MÉXICO.
E com essas informações esperamos te ajudar a analisar os efeitos das mudanças climáticas e de como essas mudanças climáticas afetarão a disponibilidade, qualidade e quantidade de água necessária para garantir os direitos humanos de todas as pessoas e a saúde dos ecossistemas.
Mas também você será capaz de conhecer e contribuir nas discussões e com proposições que possam ajudar a analisar e avaliar as medidas de mitigação e adaptação aplicáveis ao setor hídrico.
Como podemos perceber praticamente todas as atividades humanas e ecossistêmicas dependem da água. Consequentemente, todos eles são vulneráveis às consequências das mudanças climáticas.
Diante da urgência de se discutir esse tema, abordaremos sobre a necessidade de implementar medidas de adaptação e mitigação, bem como aumentar ou não a resiliência das sociedades.
Origens
Os eventos climáticos e meteorológicos extremos, geralmente, são classificados como de origem hidrológica (inundações, alagamentos, enchentes, deslizamentos); geológicos ou geofísicos (processos erosivos); meteorológicos (raios, ciclones tropicais e extratropicais e vendavais); e climatológicos (estiagem e seca, queimadas e incêndios florestais, chuvas de granizo, geadas e ondas de frio e de calor).
De acordo com o painel intergovernamental sobre mudanças climáticas, estima-se que à medida que a temperatura aumenta, a população experimentará uma diminuição em sua disponibilidade de água. Isso aumentará a competição entre usuários por um recurso, que você considera escasso.
O clima contribui para o aumento da frequência de secas meteorológicas, causados pela diminuição das chuvas e secas agrícolas, por falta de umidade no solo.
Esses eventos têm potencial para produzir grandes desastres, por isso, devemos implementar medidas de mitigação e adaptação para mudanças climáticas a fim de reduzir a vulnerabilidade, não só da população, senão também dos nossos ecossistemas.
As estratégias de mitigação no setor de água podem ser classificadas em duas: aquelas baseadas na natureza e aqueles movidos pela tecnologia.
As soluções baseadas na natureza têm um enorme potencial para reduzir os impactos das mudanças climáticas. E a conservação e proteção de ecossistemas como pântanos, manguezais costeiros, florestas e planícies aluviais constituem uma estratégia central para o sequestro de carbono e outros gases de efeito estufa.
Por outro lado, as medidas de mitigação baseadas em tecnologia aumentam a eficiência energética e incentiva a produção de energias renováveis.
Medidas de mitigação
Podemos começar dizendo que a água é o meio através do qual se expressam os efeitos das alterações climáticas. E os fenômenos como enchentes, secas e até fenômenos geológicos como a instabilidade das encostas, os fluxos de lama e detritos, destacam manifestar as ações e os efeitos das mudanças climáticas em nossa sociedade.
Se não identificarmos esses fenômenos, tanto geograficamente quanto efeitos sobre a população, pode ser que a vulnerabilidade da sociedade aumente.
Diante desses cenários, é imprescindível ter uma abordagem integrada às mudanças climáticas e à segurança hídrica. É por isso que devemos realizar medidas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas.
Na última década, mais de 90% dos desastres naturais foram originados por inundações, secas, ondas de calor e, principalmente devido aos efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global.
Popularmente conhecido como “desastre natural”, um evento climático ou meteorológico extremo resulta de uma séria interrupção no funcionamento normal de uma comunidade ou sociedade, afetando seu cotidiano.
Essa paralisação inesperada envolve perdas materiais e econômicas, assim como danos ao ambiente e à saúde das populações por meio de agravos e doenças que podem causar mortes imediatas e posteriores.
Os efeitos das alterações climáticas são uma realidade, não devemos deixar passar tempo para realizar iniciativas e medidas de adaptação que nos permitam reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e da população, a fim de alcançar a resiliência.
A adaptação às mudanças climáticas deve ser um processo iterativo de educação, que deve ser interdisciplinar, multidimensional e transversal. Deve também levar em conta o conhecimento local e o papel de todas as partes interessadas.
Caminhos para reduzir os danos dos desastres
Existem muitas iniciativas que visam a adaptação às mudanças climáticas, vamos analisar algumas delas.
No Brasil, uma das fontes de dados sobre esses desastres são os decretos de emergência ou de estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. A sistematização das informações permite identificar a ocorrência desses eventos, sobretudo, os de baixa intensidade, que já causam prejuízos sociais.
A implantação de Observatório de Clima e Saúde para elaborar indicadores que auxilie no monitoramento de eventos extremos, pois esses espaços consultarão especialistas e sistematizarão informações capazes de descrever a ocorrência de eventos extremos no país e assim poderá propor medidas capazes de direcionar políticas e intervenções nessa área.
As políticas públicas voltadas para a gestão de riscos dentro de um quadro de governança participativa nos permitirão reduzir a exposição da população a desastres naturais, implementando práticas como planejamento urbano e sistemas de alerta precoce. É claro que estamos enfrentando uma crise climática que exige soluções em múltiplas escalas.
Essas mudanças devem ser realizadas no menor tempo possível para reduzir os danos irreversíveis de eventos extremos.
Convido você a refletir pois somos co-responsáveis pela manutenção do planeta e pela sobrevivência das gerações futuras.
O que a sua Organização da Sociedade Civil – OSC, a sua empresa pode fazer em seu ambiente para reduzir as emissões e aumentar a resiliência de sua comunidade?
Fique por dentro!
Serra
Na última semana foi inaugurado o nono Centro de Referência das Juventudes (CRJ) do ES, desta vez no bairro Novo Horizonte, na Serra.
Este é o segundo equipamento em funcionamento no município, o primeiro fica no bairro Feu Rosa, ambos territórios do Programa Estado Presente em Defesa da Vida. O novo CRJ Novo Horizonte está localizado na Rua Gaivota, quadra 77, mais conhecida como Rua da Feira, atrás da praça do bairro.
Território do Bem
A inauguração do Centro de Referência da Juventude do Território do Bem, em Itararé, em Vitória, foi acompanhada de perto por representantes da Fundaes ES. A inauguração aconteceu nesta terça-feira, dia 28 de junho. Na região, segundo a Fundaes, atuam duas filiadas, a Ong Secri e o Ateliê de Ideias.
Educação
A Secretaria da Educação (Sedu) deu início, neste mês de junho, aos aulões presenciais do Pré-Enem, beneficiando mais de três mil estudantes da Rede Estadual de Ensino.
Cada aulão conta com 4 horas de aula e ocorre nos horários em que o estudante possa ser contemplado, sem comprometer as aulas do Ensino Regular. Uma excelente oportunidade para quem busca se capacitar para o Enem 2022.