Ministério da Saúde anuncia edital de R$ 1 milhão para ONGs de saúde

Iniciativa faz parte de um investimento de R$ 55 milhões na prevenção e tratamento da hanseníase no Brasil

O Ministério da Saúde anunciou que vai abrir um edital direcionado às Organizações Não Governamentais (ONGs) brasileiras para ações de enfrentamento ao estigma e à discriminação e educação em saúde. O valor investido será de R$ 1 milhão.  

A informação foi divulgada pela Agência Brasil, mas ainda não há maiores detalhes. Isso porque a iniciativa faz parte de um pacote de investimento de R$ 55 milhões na prevenção e tratamento da hanseníase no Brasil. O objetivo, segundo o governo, é eliminar a doença como problema de saúde pública.

Desse total, R$ 50 milhões serão repassados diretamente a 955 municípios classificados como de alta endemia (mais de 10 casos por grupo de 100 mil habitantes).

Os municípios selecionados deverão investir os recursos em ações como a busca ativa para detecção de novos casos de hanseníase; aplicação de testes rápidos nos contatos de casos registrados a partir de 2023, para rastreio daqueles com maior chance de adoecimento; e resgate de casos em situação de abandono.

Do restante, R$ 4 milhões são para investimento em pesquisa de novos medicamentos para o tratamento da hanseníase e R$ 1 milhão para abertura do edital.

Vacina

Segundo o Ministério da Saúde, esse total, anunciado nesta terça-feira (23), em Brasília, somam-se a outros R$ 5 milhões já liberados no ano passado  para pesquisa e desenvolvimento nacional de uma vacina e novos testes para hanseníase.

“Neste momento, o Ministério da Saúde financia, juntamente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o ensaio clínico para avaliar a eficácia da Lepvax, primeira vacina específica para hanseníase do mundo, que aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para prosseguir os testes,” informou o ministério.

Casos

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou pelo menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações do mesmo período de 2022.

Segundo informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 anotados anteriormente.

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