Instituto lança podcast com pessoas transplantadas. Assista

Ao longo de três meses, os 10 episódios já gravados serão lançados todas às quintas-feiras, no YouTube e no Spotify

Foi lançado, na última semana, o Deixe Vivo Talks – conversas inspiradoras, um podcast que traz histórias de pessoas transplantadas e entrevistas com médicos especialistas. Ao longo de três meses, os 10 episódios já gravados serão lançados todas às quintas-feiras, no YouTube e no Spotify.

O projeto foi idealizado e lançado, no Dia Mundial da Pessoa Transplantada (6 de junho), pelo Instituto Deixe Vivo, uma organização que há dois anos atua como Organização da Sociedade Civil (OSC), mas que, desde 2017, desperta a cultura de doação de órgãos e tecidos por meio da informação.

A ideia surgiu há sete anos, quando o Deixe Vivo era apenas uma rede que conectava pessoas com o mesmo ideal: popularizar a importância da doação de órgãos e tecidos para a sociedade em geral.

Até maio de 2024, o Brasil tinha mais de 71 mil pessoas na lista de transplante de órgãos, sendo o rim o mais aguardado, com cerca de 39 mil pessoas na fila, seguido pela córnea, que conta com mais de 28 mil solicitações. Em seguida, está o fígado com mais de 2.300 pessoas aguardando o transplante, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Entre os órgãos que podem ser doados, estão coração, pulmão, pâncreas, intestino, rim, fígado e até tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). Quem doa órgãos pode beneficiar e salvar, pelo menos, 10 vidas. Como é o caso de grande parte dos participantes do Deixe Vivo Talks.

O podcast foi submetido a um edital da farmacêutica Takeda, no segundo semestre de 2023. Após serem selecionados, o Instituto e a equipe iniciaram o planejamento. As pessoas participantes foram escolhidas por meio de suas histórias, além dos médicos especialistas em nefrologia e transplantes, que puderam tirar dúvidas e explicar diversas questões.

“Nossas expectativas com o Deixe Vivo Talk são as melhores, pois ele é fruto de um trabalho coletivo que se concretiza após sonharmos. Os episódios trazem histórias lindas e perspectivas que muitas vezes não são aprofundadas. O projeto é também uma forma de incentivar a doação de órgãos, pois no Brasil são mais de 70 mil pessoas na fila”, destaca Olga Schekiera, diretora financeira do Deixe Vivo e transplantada renal.

O planejamento e as gravações duraram cerca de seis meses e o primeiro episódio contou com a participação de duas transplantadas renais. Olga é retransplantada há quatro anos, sendo que o primeiro transplante ocorreu em 1989.

Mayara Fernandes também realizou um transplante de rim e atua no Instituto como gestora de comunicação e conteúdo. Elas contaram como descobriram a doença renal crônica e todo o caminho até o transplante, além de destacarem sua relação com o Deixe Vivo.

“A parte mais bacana de todo esse processo de planejamento e gravação, foi ver a satisfação de cada uma das pessoas convidadas do podcast em estar participando de um projeto como esse. Não é todo mundo que conhece uma pessoa transplantada, então é totalmente possível um paciente ‘sentir-se sozinho no mundo’. Esses encontros possibilitaram conexões, voz e, sem dúvida alguma, representatividade, pois embora não pareça, somos muitos os transplantados existentes e é importante lembrar que existem muitos outros aguardando em lista de espera para também se tornarem”, ressalta Mayara.

O episódio seguinte, que será lançado em 13 de junho, terá a presença da médica nefrologista, Dra. Tamires Piraciaba, que respondeu perguntas sobre doenças renais e falou um pouco do Citomegalovírus.

Além dela, participaram ainda pacientes transplantados de coração, pulmão e fígado. Ao todo, 20 pessoas contaram suas histórias e puderam contribuir com a cultura de doação de órgãos.

“Decidi compartilhar minha história como paciente renal em hemodiálise e na espera por um transplante, em 2017. Hoje, sete anos depois, é incrível ver o #deixevivo como uma OSC contando histórias além da minha através desse podcast. Mais um canal de conteúdo que podemos dar voz para pacientes transplantados e para a importância da doação de órgãos”, afirma Giovanna Fiori, presidente do Deixe Vivo.

Além do aporte financeiro que o investidor social – a farmacêutica Takeda ofereceu por meio de edital, o podcast também conta com o apoio da Pós-graduação EAD São Camilo

Sobre o Deixe Vivo

Criado em 2017 como uma hashtag no Instagram, o Instituto Deixe Vivo se tornou uma Organização da Sociedade Civil (OSC) há dois anos, e tem a missão de despertar a cultura da doação de órgãos e tecidos na sociedade por meio de informação, inspiração e acolhimento.

Além disso, o Instituto busca informar toda a sociedade sobre a doação de órgãos e tecidos e outros temas relacionados; inspirar cada vez mais pessoas a se declarar doadoras de órgãos e acolher pacientes renais crônicos, transplantados e seus familiares por meio de ações, eventos e campanhas.

Atualmente, mais de 10 mil pessoas já foram impactadas pelos conteúdos, ações, eventos e campanhas promovidas pelo Instituto Deixe Vivo. Para mais informações, acesse https://www.deixevivo.org.br/.

Deixe uma resposta

Fique tranquilo! Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies