Projeto em Aracruz realiza oficinas para preservar a cultura ancestral Tupiniquim
Grupo foi criado há 40 anos, na aldeia Tupiniquim Caieiras Velha, para proporcionar vivência da ancestralidade de seu povo às crianças
O projeto Curumins Guerreiros, da aldeia Tupiniquim Caieiras Velha, em Aracruz, vai realizar três oficinas na Cabana Central de Caieiras Velha, sobre temas como vestimenta, dança e cantos tradicionais de seu povo. A ação vai acontecer na próxima semana, do dia 6 a 8 de março, e será voltada apenas para as crianças indígenas da aldeia. O principal objetivo, segundo o grupo, é preservar a cultura ancestral Tupiniquim.
Na quarta-feira (6), as atividades têm início com a oficina de vestimenta, na qual as crianças serão ensinadas a criar trajes tradicionais conectando-se à riqueza das vestimentas que fazem parte de sua herança cultural. Na quinta-feira (7), com o tema sons e cantos, será realizada uma vivência com ensino de instrumentos tradicionais, como o maracá e a criação de ritmos que ecoam as melodias de seus antepassados.
Fechando o ciclo, na sexta-feira (8), acontece uma oficina de dança, explorando movimentos corporais que transmitem histórias e tradições e serão experimentados pelas crianças da escola.
Realizadas sempre a partir das 13h de cada dia, as três atividades ministradas por Salvador Pinto Pereira, também conhecido como Mestre Mizinho, estão interligadas e dialogam para oferecer uma experiência imersiva aos jovens. A iniciativa conta com recursos do Fundo de Cultura do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria da Cultura (Secult).
Há mais de 40 anos, o Mestre Mizinho criou o Curumins Guerreiros na aldeia, com o objetivo de proporcionar às crianças a vivência das tradições ancestrais de seu povo.
“O projeto é uma demonstração do compromisso da comunidade em promover a inclusão dos curumins nas tradições e ações tradicionais da aldeia, para preservar a cultura ancestral Tupiniquim e proporcionar atividades culturais, esportivas e de lazer para as crianças e jovens indígenas de nossa aldeia”, afirma Ronivaldo Pereira, coordenador do projeto.