Projeto leva a história do Congo para 600 crianças em Vila Velha

Espetáculo promove o resgate da cultura popular de maneira lúdica e poética. Também aconteceu uma exposição de instrumentos

Mais de 600 crianças, com idades entre 4 e 6 anos, foram apresentadas ao projeto “Tambores, Filhos da Terra”, nesta sexta-feira (19), na Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Professora Normília da Cunha. A escola fica no bairro Jabaeté, na região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha.

Realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do edital Culturas da Infância, da Secretaria da Cultura (Secult), a iniciativa promove o resgate da cultura popular contando de maneira lúdica e poética a história do congo e jongo do Espírito Santo.

Além disso, o espetáculo também difunde as culturas afro-brasileira e indígena no ambiente escolar, apresentando às crianças a diversidade de linguagens artísticas existentes no Estado. O objetivo é fortalecer assim a construção da identidade do povo capixaba, desde a primeira infância.

A apresentação durou cerca de 50 minutos de duração, trazendo as linguagens oral, musical e escrita, difundindo a cultura popular por meio do congo e do jongo. Nessa vivência, a oralidade se faz presente com a participação do mestre de congo Domingos Teixeira. Mantenedor das culturas capixaba e afro-brasileira há mais de cinco décadas, ele promove um momento de transmissão de saberes e vivências com as crianças e o corpo técnico-docente da Umei.

A musicalidade é trabalhada a partir de cantorias populares, que propiciam ainda mais interação entre o público presente. Além disso, o evento contou com uma exposição dos instrumentos de percussão. Já no final, foram distribuídas minicasacas, produzidas pelo mestre Domingos Teixeira, para as 600 crianças atendidas pela Umei.

“A integração de diversas linguagens artísticas e a nossa presença no ambiente escolar promove e fortalece uma educação integral e integradora. Ou seja, uma educação capaz de nos formar enquanto um povo que conhece a sua cultura e integra todo o conhecimento na vida”, afirma Guilherme Irie, coordenador do projeto e músico percussionista, que mora na região há mais de dez anos.

“É uma oportunidade feliz de transmitir para essas crianças os saberes que aprendi com meus avós, e eles aprenderam com nossos outros ancestrais. É uma oportunidade de garantir a continuidade da nossa cultura. Afinal, essas crianças são o nosso futuro”, acrescenta o mestre Domingos Teixeira.

O projeto conta com a participação de três músicos percussionistas, sob a regência de mestre Domingos Teixeira, realizando um espetáculo que integra música e expressão oral.

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