Banco do Brasil adere à campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica
Uma iniciativa do CNJ e da AMB, a ação tem a parceria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Uma medida simples que conta com o apoio de mais de 10 mil farmácias pelo país: a marcação de um “X” vermelho na palma da mão, como forma rápida e discreta de denúncia contra um agressor. Esse é o objetivo da campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, que teve a adesão do Banco do Brasil (BB) na última segunda-feira (28), durante cerimônia em Brasília (DF). Entre as autoridades presentes, esteve a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
“São com vocês lá na ponta que essa campanha dá certo. Toda mulher que entrar em uma agência do Banco do Brasil vai saber que poderá pedir socorro. Hoje vocês trazem uma esperança para as mulheres que estão vivenciando um ciclo de violência e achavam que estavam sozinhas”, disse a ministra.
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Segundo Damares, a proposta é ampliar ainda mais a iniciativa. “A partir da adesão desse banco, eu sei que muitas instituições vão fazer igual. Estamos virando uma página no enfrentamento à violência física, psicológica, moral, patrimonial, política. O dia de hoje é histórico”, completou.
Presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro afirmou que a instituição tem o objetivo de mudar realidades pelo país. “O desafio é enorme, o Brasil figura na lista dos países que mais matam mulheres no mundo, temos uma média de registros de lesões corporais na faixa de 260 mil por ano. Isso tem provocado um despertar na sociedade no sentido de compreender que a violência doméstica não é algo a ser tolerado”, enfatizou.
Na oportunidade, o gestor trouxe ainda o histórico da atuação do órgão em defesa das mulheres. “A partir desse momento, também faz parte da nossa história ser um instrumento de combate à violência contra as mulheres”, concluiu.
Entre os participantes, a solenidade contou com a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, a conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desembargadora Tânia Reckziegel, o ministro da Justiça, Anderson Torres, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.
Campanha
Uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Campanha Sinal Vermelho foi lançada no ano passado. A ideia inicial é que a mulher consiga pedir ajuda em farmácias ou drogarias com um “X” vermelho na palma da mão, desenhado com batom ou qualquer outro material.
Atualmente as vítimas já podem contar com o apoio de mais de 10 mil farmácias em todo o país, cujos atendentes, ao verem o sinal, imediatamente acionam as autoridades policiais. A escolha desse tipo de estabelecimento se deu porque permanece aberto mesmo em eventual caso rigoroso de confinamento e fechamento do comércio.