Comissão de Cultura da Ales aprova sessões de cinema inclusivas
Projeto acolhido pelo colegiado obriga a adaptação dessas atividades culturais para pessoas autistas e com síndrome de Down
A Comissão de Cultura aprovou, na última segunda-feira (21), o mérito do Projeto de Lei (PL) 858/2019, que obriga a realização de sessões de cinema adaptadas às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), síndrome de Down ou outras síndromes, transtornos ou doenças que acarretem hipersensibilidade sensorial em geral.
A proposição foi relatada pela presidente do colegiado, deputada Iriny Lopes (PT). “É uma iniciativa extremamente importante e de profundo caráter inclusivo. Porque nós temos, no Brasil, o péssimo hábito da exclusão de portadores de síndromes e de algumas doenças, fazendo com que eles se afastem da sociedade quando devemos fazer o contrário, buscá-los, integrá-los e incluí-los”, comentou a parlamentar.
O autor da proposta, deputado Gandini (Cidadania), agradeceu o relatório favorável: “De fato, a gente precisa construir muita coisa para que a gente se torne um país inclusivo. Vou acompanhar o entendimento da deputada Iriny, obviamente, e torcer para que essa matéria possa ser implantada no Espírito Santo”, proferiu.
De acordo com o projeto, as empresas prestadoras do serviço de cinema ficariam obrigadas a ofertar, no mínimo, uma sessão adaptada por mês, com igualdade de preço ao ordinariamente praticado, tendo como beneficiários consumidores com TEA, Síndrome de Down ou outras síndromes, transtornos ou doenças que acarretem hipersensibilidade sensorial em geral.
As sessões deverão ser promovidas com luzes levemente acesas, volume de som adequadamente reduzido. Além disso, poderão ser abertas ao público em geral e não terão trailers comerciais. O PL ainda será analisado pelas comissões de Saúde e Finanças.