Jovens de ONG do ES criam aplicativos para atender comunidades

Aplicativos envolvem áreas de segurança, empreendedorismo e filantropia e foram desenvolvidos por jovens negros

Um grupo de jovens negros atendidos pelo Instituto Oportunidade Brasil (IOB) desenvolveram três aplicativos para beneficiar comunidades capixabas. São eles: Vitrine Local; Unidoa e Safe Girl. Os objetivos são estimular o empreendedorismo, a filantropia e combater a violência contra a mulher.

A iniciativa faz parte do trabalho final de formação em TI da turma “Oportunidade Tech”, desenvolvida em parceria com o Senai-ES e com o apoio do HUB de inovação Base 27.

Ao longo de dois anos, os jovens aprenderam sobre o desenvolvimento de aplicativos, além de terem aulas de inglês; reforço escolar; participarem de atividades culturais e de receberem apoio psicológico e orientação profissional com mentores de carreira.

A turma se formou esta semana, quando aconteceram a apresentação dos aplicativos e a entrega de certificados. Os eventos foram realizados na Base 27 e contaram com a participação de parceiros, voluntários e familiares.

Jovens de ONG criam aplicativos para atender comunidades
O curso foi uma parceria entre o IOB, o Senai-ES e “Oportunidade Tech”, desenvolvida em parceria com o Senai/ES e o hub de inovação Base 27 | Foto: Divulgação

O Vitrine Local tem o objetivo de ser uma plataforma em que comerciantes da comunidade podem cadastrar seus estabelecimentos, para que os moradores conheçam o comércio local. Pelo aplicativo, os moradores poderão fazer contato direto com o comerciante, clicando em ícones do WhatsApp e Instagram, para ter mais informações e fechar a compra de produtos e serviços.

Já o Unidoa é um aplicativo voltado para a filantropia, em que os moradores podem disponibilizar doações para ajudar outros moradores a suprirem as suas necessidades.

O Safe Girl é um aplicativo voltado para a segurança da mulher, que prevê uma serie de possibilidades, tais como denúncia de violência, mapa de risco, chats de suporte e até um botão de pânico para acionar autoridades competentes.

Para criar os aplicativos, os alunos fizeram pesquisa de campo nas comunidades. Agora, os jovens dependem de apoio e patrocínio para que as iniciativas se tornem realidade, inclusive com eventuais melhorias.

Jovens de ONG criam aplicativos para atender comunidades
Jovem apresenta um dos apps criados durante a formação | Foto: Divulgação

Relatos

A jovem Letícia Vasconcelos, de 18 anos, que mora em Alecrim, Vila Velha, foi uma das formandas. “Melhorei a minha desenvoltura na comunicação e no marketing, que são áreas que eu gosto. Nesses dois anos eu pude me moldar, me aperfeiçoar, fazer networking. Estou totalmente diferente. Gosto mais dessa nova Letícia”, contou.

Joyce Griffo, de 17 anos, do Bairro da Penha, em Vitória, era só sorrisos na formatura. “Eu não tinha uma visão ampla de futuro e no IOB vi que temos mais possibilidades”, diz.

Nove alunos concluíram a formação. “Vocês foram persistentes, venceram vários obstáculos para estar aqui hoje. Cuidem dos sonhos de vocês e contem com o IOB sempre”, destacou a presidente e cofundadora do IOB, Verônica Lopes de Jesus.

Luiz Cláudio, cofundador do instituto, se emocionou durante a formatura. “Em TI você vê muitos negros em funções operacionais, mas não em cargos de liderança ou que exigem muito estudo e conhecimento. Eu acredito no IOB e na mudança que podemos fazer na vida das pessoas”, destacou.

Juliana Seibert Klein Ramos não escondia a felicidade pela formatura do filho Haynnan, de 19 anos. “O relacionamento com a família melhorou, ele está mais independente e está até fazendo trabalho freelancer. O IOB abriu as portas do quarto dele para a vida”, contou.

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